Como prometido, viemos expor um dos casos mais recentes do que as pessoas julgam ser um caso de eutanásia.
Eluana Englaro
Eluana Englaro
Eluana Englaro, a italiana, de 38 anos, que se encontrava em estado vegetativo persistente desde 1992, quando sofreu um acidente de automóvel, morreu ontem à noite na clínica La Quiete, em Udine. Tinha deixado de ser alimentada artificialmente há três dias.
O pai de Eluana, Beppino Englaro, que durante anos lutou nos tribunais italianos e europeus para que este dia chegasse, pediu aos jornalistas que o deixem em paz a partir de agora. "Não quero dizer nada. Quero estar sozinho", disse Beppino que, segundo os media italianos, estava visivelmente comovido. O Vaticano, que durante os últimos meses fez forte pressão para conseguir travar esta morte assistida, manifestou, como seria de esperar, a reacção mais dura ao desaparecimento de Eluana. "Que o Senhor perdoe aos que são responsáveis por isto", disse o ministro da Saúde do Vaticano, o cardeal Javier Lozano Barragan.
10 de Fevereiro de 2009 - Diário de Notícias
Aproveitando agora esta noticia relativamente recente, aproveitamos para explicar o porquê de este caso ter sido erradamente considerado eutanásia. A eutanásia é quando o doente pede que lhe ponham fim à vida, o que neste caso difere no facto de que não foi feito um pedido morte assistida mas sim um pedido de "nao lhe prolongarem a vida" - coisas realmente distintas.
Pedir que nao lhe prolonguem a vida é diferente de pedir a morte assistida, na medida em que, a pessoa só não quer que lhe tentem aumentar o tempo de vida, quer apenas viver o que o destino lhe reservou. Há casos muito semelhantes em que se pode considerar eutanásia passiva (retirar os cuidados médicos ao doente).
26.Outubro.2009
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